terça-feira, janeiro 20, 2009

Vaticano reconhece irmã Dulce como venerável - 20/01/2009 - 13:47


Voto unânime da Congregação da Causa dos Santos abre caminho para anuncio da beatificação de Irmã Dulce pelo papa Bento XVI

A Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano anunciou hoje, dia 20 de janeiro, voto favorável e unânime, de seu colégio de cardeais, bispos e teólogos, das virtudes heróicas da Serva de Deus Dulce Lopes Pontes. Os votos serão transmitidos ao Papa Bento XVI que poderá conceder à Serva de Deus o título de Venerável. O anúncio foi transmitido no Brasil pelo arcebispo D. Geraldo Majella Agnelo e o decreto será publicado logo após a assinatura de Sua Santidade. O título é o reconhecimento de que Irmã Dulce viveu em grau heróico as virtudes cristãs da fé, esperança e caridade e permite que a causa de beatificação da freira cumpra sua última etapa: a confirmação do milagre que deve passar pela última análise até o final deste ano.

A reunião da Congregação analisou a Positio (documento canônico misto de relato biográfico e das virtudes e resumo dos testemunhos do processo). A validação da Positio é considerada pelo Direito Canônico tão importante quanto a comprovação de um milagre. O relator desta fase foi D. Javier Echeverria, ponente da Opus Dei. Diferentemente da beata Lindalva, que foi martirizada e não necessitou de um milagre para ser beatificada, a causa de Irmã Dulce precisa cumprir todas as exigências do Direito Canônico. Com o anúncio do título resta agora apenas a comprovação do milagre que é feito em três etapas: uma reunião com teólogos, com peritos médicos (que dão o aval científico) e, finalmente, a aprovação final do colégio cardinalício. A expectativa é de que até o início de 2010 esta fase esteja concluída e os fiéis possam aguardar o anúncio da beatificação.

A reunião confirmou a decisão do colegiado, também unânime, tomada no dia 15 de abril do ano passado. Os teólogos (oito italianos e um espanhol), que estudaram a vida e as obras de Irmã Dulce, a definiram como "a Madre Teresa do Brasil", pelas semelhanças do seu testemunho cristão com a Beata de Calcutá, sendo "um conforto para os pobres e um exame de consciência para os ricos." O relator desta primeira fase foi monsenhor José Luis Gutierrez, membro da Opus Dei.

O processo de beatificação de Irmã Dulce foi iniciado em janeiro de 2000. Em junho de 2003, a Congregação recebeu a Positio. Na mesma época, a Congregação recebeu os atos jurídicos e reconheceu juridicamente um possível milagre ocorrido por intercessão de Irmã Dulce. Uma graça só é considerada milagre após atender a quatro pontos básicos: a instantaneidade, que assegura que a graça foi alcançada logo após o apelo; a perfeição, que garante o atendimento completo do pedido; a durabilidade e permanência do benefício e seu caráter 'preternatural' (não explicado pela ciência). Atualmente, o Memorial Irmã Dulce guarda mais de cinco mil cartas e depoimentos que relatam curas que os devotos acreditam milagrosas e operadas pela Fé naquela que é chamada de Mãe dos Pobres e Anjo Bom.



O que significa o título de venerável para a igreja católica

Na Igreja Católica de Rito Latino, o título canônico de venerável é concedido àqueles a quem postumamente seja reconhecida a prática de virtudes heróicas em processo formal de canonização. Antes de ser considerado venerável, o candidato à santidade tem de ser objeto de uma proclamação aprovada pelo Papa que reconhece sem sombra de dúvida que o candidato viveu uma vida de virtude heróica, isto é que demonstrou de forma excepcional a prática das virtudes teologais de Fé, Esperança e Caridade e das virtudes cardeais da Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança, dentre outras. Apenas depois de ser considerado venerável pode o processo de canonização prosseguir para o estágio da beatificação. O primeiro venerável de que há registo foi o monge São Beda, no século VII, assim declarado pouco depois da sua morte. Neste momento o Brasil tem mais três veneráveis: Madre Teodora Voiron (Venerável por decreto de 18 de fevereiro 1989); Madre Antonieta Farani (Venerável por decreto de 13 de junho de 1992) e Madre Bárbara Maix (Venerável por decreto de 3 de julho de 2008).

Frei João Costa


Nomeado bispo de Iguatu (Brasil)

Frei João José da Costa, prior do Convento do Carmo de São Cristóvão

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 7 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- A Santa Sé informou esta quarta-feira que Bento XVI nomeou bispo de Iguatu (Ceará) o frei João José da Costa.

Ele substitui Dom José Doth de Oliveira, que solicitou sua renúncia em conformidade com o cânon 401§2 do Código de Direito Canônico.

Frei João da Costa, O. Carm., nasceu a 24 de junho de 1958, em Lagarto (Sergipe). Foi ordenado sacerdote em 1992.

Segundo biografia difundida pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), frei João da Costa foi nomeado Conselheiro Provincial dos carmelitas em 1993, sendo enviado para o Convento de São José da Princesa Isabel.

Foi nomeado administrador paroquial das paróquias Divino Espírito Santo, em Manaíra (Paraíba) e Santa Terezinha, em Juru (Paraíba). Em 1996, foi novamente eleito Conselheiro Provincial e, em 1999, foi eleito Provincial da Ordem, sendo reeleito em 2003.

Atualmente, é Conselheiro e Prior do Convento do Carmo de São Cristóvão, em Sergipe, e presta assistência espiritual na Fazenda da Esperança, em Lagarto.

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